PELOTAZ

Um grande encontro de trabalho com importantes presenças para discutir o futuro da construção, quando questões como a das moradias populares ganhou espaço amplo, principalmente aquelas para a faixa de renda mensal das famílias de zero a três salários mínimos, que respondem por 90% do déficit habitacional atual. Assim pode ser sintetizado o 15º Seminário Regional da Qualidade e Produtividade na Construção, realizado na sexta-feira (3) na Charqueada da Boa Vista. Na próxima semana, será realizada reunião em Brasília para discutir justamente os ajustes necessários aos programas habitacionais para essa faixa de renda, informou o superintendente Nacional de Produtos e Repasses da Caixa Econômica Federal, José Carlos Medaglia Filho, como primeiro palestrante do evento.

Temas como o do juros também estão em debate dentro do governo federal, adiantou o palestrante, alertando para a necessidade de maior participação da cadeia produtiva da construção civil. Questões como a da falta de mão de obra para atender à demanda do setor, que enfrenta a sazonalidade de final de ano, agravada pela utilização do seguro-desemprego, foram levantadas na oportunidade e merecerão o empenho do presidente do Fórum Nacional dos Secretários da Habitação, o gaúcho Carlos Eduardo Marun, representante de Mato Grosso do Sul, também palestrante no evento.

Medaglia Filho confirmou que o desafio da construção de novas moradias lançado pelo Governo Lula, num total de um milhão de unidades até o seu final, será cumprido e que o próximo, através do Minha Casa, Minha Vida II, está mantido, com a entrega de mais dois milhões de unidades até o término da gestão da presidente eleita Dilma Rousseff.