PELOTAZ

Carburador:

O carburador é o precursor dos sistemas de injeção eletrônica. Responsável pela dosagem e vaporização do combustível, o carburador faz com que o ar passe por um estreitamento, criando um vácuo que suga o combustível de sua cuba. A cuba é mantida em nível constante controlado por uma bóia e uma válvula de agulha e o combustível é dosado através de furos calibrados denominados giclês. A quantidade de mistura de ar/combustível é controlada por uma borboleta ligada ao pedal do acelerador.

Há ainda os chamados "carburadores eletrônicos", que são providos de módulo de controle e acessórios eletromecânicos e eletropneumáticos, que por causa disso passaram a ter um melhor controle da marcha-lenta, partida a frio, abertura do segundo estágio, desacelerações, etc.

O carburador entrou em desuso pois os sistemas de injeção eletrônica permitem uma dosagem mais eficiente do combustível, tornando os motores mais econômicos e diminuindo o nível de emissão de gases poluentes na atmosfera.

O carburador esteve presente na linha Uno até o inicio da década de 90 (até 1994 no Mille Eletronic).


Injeção monoponto:

A injeção monoponto é um sistema de alimentação caracterizado pela presença de um só bico injetor para todos os cilindros do motor, instalado no corpo da borboleta. Era comum no primeiros motores com injeção eletrônica a gasolina produzidos no Brasil.

Seu funcionamento não é muito diferente do carburador: faz a mistura na entrada do coletor de admissão - porém com maior precisão e mistura mais homogênea, pois a válvula de injeção age de acordo com as informações do módulo eletrônico de comando.

Não é tão precisa quanto à injeção multiponto, pois não consegue dosar tão bem o combustível que entra em cada cilindro (em tempo e quantidade). Mesmo assim representa um grande avanço em relação ao carburador.

A injeção monoponto esteve presente em algumas versões da linha Uno a partir de 1992 (1992 no 1.5 ie, 1995 no 1.0 ie).


Injeção multiponto:

A injeção multiponto é um sistema de alimentação presente nos motores produzidos atualmente no Brasil, caracterizada por ter um bico injetor para cada cilindro do motor (instalados próximos às válvulas de admissão). Com isto, consegue-se uma injeção mais precisa, o que se traduz em um funcionamento mais suave e regular do motor, com menor consumo de combustível.

Com este sistema é possível um ganho da ordem de 15% em torque e potência em relação à injeção monoponto. Isto é possível pois a mistura passa a ocorrer praticamente na entrada das válvulas de admissão, não se condensando pelo caminho.

A injeção multiponto está presente em algumas versões da linha Uno a partir de 1993 (Uno 1.6R mpi). A pickup Fiorino também recebeu motorização 1.5 mpi nos últimos anos de sua produção e a versão a álcool do Mille recebeu motorização 1.0 mpi nos últimos anos da produção do motor Fiasa.

Todos os motores da linha Fire nacional possuem injeção multiponto.


Injeção direta:

A injeção direta é um sistema de alimentação caracterizado pelo fornecimento de combustível a alta pressão mediante injetores presentes na própria câmara de combustão. Este sistema tende a aproveitar ao máximo cada gota de combustível, oferecendo consumo de combustível extremamente reduzido.

As vantagens deste sistema estão na turbulência criada dentro da câmara de combustão, podendo o motor trabalhar com taxas de compressão maiores, retirando um melhor desempenho sem a ocorrência da detonação.

Este sistema é mais comum em motores à diesel mas vem ganhando espaço nos motores a gasolina. Ainda não é utilizado em nenhum veículo da linha Fiat nacional.